Mensagem para o dia das Missões

Na mensagem para o 98º Dia Mundial das Missões 2024, o Papa Francisco utiliza a parábola do banquete de casamento (Mateus 22:1-14) para destacar vários aspectos-chave da evangelização, especialmente no contexto da actual jornada sinodal.

1. “Ir e Convidar”: Missão como Constante Partida e Convite para o Banquete do Senhor

O Papa destaca a natureza de “partida” e “convite” da missão, comparando-a com os servos do rei na parábola que foram enviados para convidar os convidados para o banquete de casamento. Ele enfatiza a natureza incansável do amor de Deus, que sempre procura os indivíduos, apesar da sua indiferença ou recusa. Ele reconhece os esforços incansáveis dos missionários que deixam a sua terra natal para levar a Boa Nova àqueles que ainda não a receberam. Ele lembra-nos que todo cristão batizado é chamado a partilhar o Evangelho através do seu testemunho na vida quotidiana.

2. “Para o Banquete”: A Perspetiva Escatológica e Eucarística da Missão de Cristo e da Igreja

O banquete de casamento na parábola simboliza o banquete escatológico, a salvação final no Reino de Deus. Este Reino está já a ser realizado através de Jesus Cristo, que oferece uma vida abundante. A missão de Cristo é uma missão do pleno tempo, e os Seus discípulos são chamados a continuar esta missão. O Papa Francisco enfatiza a dimensão escatológica da evangelização, exortando-nos a evangelizar com alegria e esperança, lembrando-nos que “o Senhor está próximo”. Ele relaciona esta perspetiva escatológica com a Eucaristia, que é uma antecipação do banquete final. Ele apela a uma compreensão renovada da Eucaristia, reconhecendo as suas dimensões escatológicas e missionárias.

3. “Todos”: A Missão Universal dos Discípulos de Cristo e a Igreja Sinodal-Missionária

O convite para o banquete de casamento é estendido a “todos”, significando a universalidade do amor de Deus e o chamamento à salvação para todos. O Papa Francisco destaca a necessidade de uma missão universal, alcançando todas as pessoas, independentemente da sua condição social ou moral. Ele encoraja uma abordagem colaborativa à missão, instando a uma colaboração mais estreita entre a Igreja universal e as igrejas particulares. Ele promove as Obras Missionárias Pontifícias, essenciais para fomentar um espírito missionário na Igreja.

Em conclusão, o Papa Francisco apela a um compromisso renovado com a Missão, enraizado no amor de Deus e na esperança escatológica oferecida por Cristo. Ele encoraja uma Igreja sinodal-missionária, impulsionada pelo desejo de levar a Boa Nova a “todos” e participar no alegre banquete do Reino. Ele enfatiza também a importância da oração e da Eucaristia nesta missão e conclui com um apelo à intercessão de Maria, Estrela da Evangelização, pelo sucesso dos esforços de evangelização.

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