No caminho, confiamos em Ti!

Sabia que existe uma série que já tem sessenta anos de exibição?

“Dr. Who” ou Doutor Quem, é uma série de ficção científica britânica, produzida e transmitida pela British Broadcasting Corporation (BBC) desde 1963. A série retrata as aventuras do Doutor, um alienígena da espécie fictícia de Senhores do Tempo do planeta Gallifrey que explora o universo em sua máquina capaz de viajar pelo espaço e pelo tempo, conhecida como TARDIS (Time and Relative Dimension iSpace), cuja aparência exterior se assemelha a uma cabine de polícia londrina de 1963. Juntamente aos seus companheiros, o Doutor enfrenta uma variedade de inimigos, enquanto trabalha para salvar as civilizações, ajudar as pessoas comuns e corrigir erros.

E porque falo desta série? 

Em primeiro lugar, porque se tornou uma série de ficção científica de culto. Como é admirável que temas e assuntos transitem em espaços tão exigentes, como são as produções de conteúdos mediáticos de entretenimento, e continuem a agarrar a atenção de um público inter-geracional, que continua a validar a sua existência. Afinal são sempre 60 anos que superam e em muito o nosso “Preço Certo”.

Em segundo, porque vulgarizou a expressão “viajantes no tempo”, que me é muita cara, como prior da paróquia de Paço de Arcos. 

A expressão, no seu original Time Travelers, surgiu no romance de H.C. Wells “Time Machine” de 1895. Começou por definir uma capacidade receosa de viajar no tempo, particularmente em relação ao futuro, e um necessário e urgente regresso ao presente, diante dos dilemas das venturas.

Mas, na série Dr Who, o “viajante no tempo” deixou de ser humano. Passou a ser um fora da Terra, um senhor do tempo que, além de viajar para o passado e para o futuro, tem a capacidade de se re-transformar, permitindo, desta forma, à equipa de argumentistas manter viva a personagem com mais de 14 actores e atrizes que já passarem, nestes 60 anos por este papel.

Neste ano de 2024, em que celebramos os 149 anos destas festividades, convido-vos também a assumir este papel, ou melhor, este desempenho: na proximidade do grande Jubileu dos 2025 anos do nascimento de Cristo, e também dos 150 anos das festividades de Paço de Arcos e do seu Padroeiro, o Senhor Jesus dos Navegantes, aventuremo-nos no tempo, conscientes que nos foi dado o poder e a responsabilidade de o mudar, mundano-nos!

Preparemos a festa jubilar, saibamos reconhecer e agradecer, perdoar e reconciliar, celebrar e confiar!

Neste caminho, confiamos no nosso Padroeiro, que sai, à nossa frente, sem recear o escuro da noite, a força da maré ou a fragilidade dos ombros dos homens. O gesto, simples mas de elevado significado, de fazer a imagem secular, em cada ano, sair da sua ermida de noite; de a levar pelas ruas da vila velha; de a embarcar nas águas da baía e a receber em festa, novamente na sua ermida, fortalece-nos a alma, também ela chamada a fazer a sua viagem no tempo.

Somos viajantes no tempo, “time travelers” que assumimos, confiantes, o poder e a responsabilidade de, peregrinado no tempo, tornarmos o mundo melhor, superando o receio humano e sem estarmos à espera de extra-terrestres que nos venham resolver o que nos cabe fazer.

Sem medo, porque neste caminho confiamos em Ti!

Pzl

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